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O que é a Musicoterapia?

A musicoterapia pode assumir-se como uma solução muito interessante para auxiliar os doentes idosos e/ou com demência. Esta abordagem terapêutica utiliza a música para facilitar a expressão emocional, promover o bem-estar psicológico e incentivar a interação social. A verdade é que à medida que os idosos envelhecem, muitos sentem-se desconectados, inúteis ou emocionalmente isolados. Especialmente após a perda de entes queridos ou com o declínio das suas capacidades físicas e cognitivas. E, mais ainda, quando vivem distantes ou sem a companhia da restante família. Assim, a musicoterapia é uma solução vantajosa que proporciona a conexão emocional, o estímulo cognitivo e a melhoria do bem-estar.

Quais os benefícios da Musicoterapia na demência?

Esta terapia pode ser utilizada nas diversas fases da doença e visa sobretudo a diminuição das complicações comportamentais e cognitivos e a melhoria da capacidade de interação social e da gestão de emoções. 

Como a Musicoterapia contribui para a gestão emocional e a socialização?

A musicoterapia desempenha um papel significativo na gestão emocional e na socialização, especialmente em populações vulneráveis, como os idosos e pessoas com demência. Vários estudos demonstram que a musicoterapia pode reduzir sintomas de ansiedade e depressão. Por exemplo, uma revisão sistemática publicada em 2021 concluiu que a musicoterapia é eficaz na redução da sintomatologia depressiva e ansiosa em idosos, melhorando a qualidade de vida e promovendo um estado emocional mais positivo.

Além disso, a música tem um poder intrínseco de evocar memórias e emoções, o que é particularmente relevante para doentes com demência. De acordo com alguns autores, a musicoterapia pode ajudar a estimular a comunicação e a conexão social, mesmo em fases avançadas da doença. Um estudo de 2020 mostrou que sessões de musicoterapia aumentaram a participação social e a interação verbal entre pacientes com demência, promovendo um ambiente de partilha e expressão.

Acessoriamente, a musicoterapia também pode criar um espaço seguro onde os indivíduos se sentem valorizados e compreendidos. Através da participação em atividades musicais, como cantar em grupo ou tocar instrumentos, os participantes experienciam um sentimento de pertença e de apoio social, essencial para a saúde emocional.

Em suma, a musicoterapia não só facilita a gestão emocional, mas também fomenta a socialização, contribuindo para o bem-estar geral dos indivíduos.

Benefícios da Musicoterapia

Em resumo, a musicoterapia oferece uma vasta gama de benefícios, em particular para os idosos e/ou pacientes com demência que lidam com as dificuldades típicas do envelhecimento. Entre os mais importantes destacamos:

Cantar contribui para a melhoria da dicção e promove a reabilitação da comunicação verbal, algo que pode estar comprometido em pacientes com declínio cognitivo ou, por exemplo, após um AVC.

Compor ou tocar música ativa áreas do cérebro associadas à criatividade e à memória, o que é fundamental para retardar o declínio cognitivo.

O ritmo musical incentiva que sejam efetuados movimentos, ajudando a recuperar/manter a força muscular e a coordenação.

Músicas com ritmos marcados ajudam a melhorar a locomoção e o equilíbrio dos idosos, sendo úteis para aqueles que já apresentam dificuldades motoras e na prevenção das mesmas.

A interação social proporcionada pelas sessões de musicoterapia reduz significativamente os sentimentos de isolamento e melhora o humor.

O envolvimento em atividades musicais que podem gerar momentos de descontração e boa disposição diminui a ansiedade, ajudando à saúde mental, mas também a controlar o funcionamento cardíaco e a pressão arterial.

 

 

Para a equipa da Expressão de Afetos, a implementação da musicoterapia vai muito além de que executar uma simples atividade recreativa. Para os idosos, é uma forma eficaz de expressar afeto e lidar com a dor emocional associada ao envelhecimento. Ao proporcionar-lhes uma ferramenta para se expressarem e ao estimular as relações sociais, esta prática terapêutica torna-se essencial para promover o envelhecimento ativo e melhorar a qualidade de vida.